Em uma revelação recente sobre projetos passados, Sean Krankel, co-fundador da Night School Studio, discutiu o potencial inovador do jogo cancelado de Stranger Things, que nunca viu a luz do dia. Fundado em 2014 e aclamado pelo seu jogo de estreia, Oxenfree, em 2016, o estúdio teve uma trajetória de destaque na indústria de jogos, sendo indicado a múltiplos prêmios, incluindo o de ‘Realização Excepcional em História’ nos 20º Prêmios Anuais D.I.C.E.
A Night School, conhecida por sua narrativa envolvente, estava desenvolvendo um jogo complementar ao título de Stranger Things da Telltale. “Estávamos semi-avançados no desenvolvimento”, disse Krankel em uma entrevista à Game Informer. “A ideia era que nosso jogo pequeno interagisse de maneira significativa com o grande jogo da Stranger Things que a Telltale estava fazendo”.
O jogo pretendia usar telefones descartáveis como meio de narrativa, uma abordagem semelhante ao jogo móvel baseado na série Mr. Robot, lançado pelo estúdio. Esta metodologia de contar histórias não só se estendia ao jogo, mas também se infiltrava em conversas e mensagens de texto na vida real, criando uma experiência imersiva e interativa.
Infelizmente, com o fechamento da Telltale em setembro de 2018 devido a problemas prolongados e relatos de excesso de trabalho, o projeto de Stranger Things foi deixado em um limbo, com pouco progresso seguinte. “Foi realmente interessante como os dois jogos poderiam ter se comunicado de uma forma muito atraente”, lamentou Krankel sobre o projeto não realizado.
Apesar do cancelamento desse título, a aquisição da Night School por parte da Netflix em setembro de 2021 marcou um novo capítulo para o estúdio, permitindo que continuassem a explorar e expandir suas fronteiras narrativas sem abandonar as fundações que estabeleceram. Oxenfree 2, lançado no ano passado, é um testemunho da persistência da visão criativa do estúdio, recebendo críticas muito positivas no Steam.
A história do jogo cancelado de Stranger Things permanece como um lembrete das possibilidades e desafios no mundo volátil dos jogos eletrônicos, onde inovação e criação muitas vezes enfrentam barreiras intransponíveis.
